“Dois centros de poder temporal são incompatíveis em um estado”. O Brasil e a Santa Sé no contexto do constitucionalismo
Mots-clés :
Constitucionalismo, Concordata, Padroado, Regalismo, Brasil Império, Igreja CatólicaRésumé
Nos marcos das experiências constitucionais ibero-americanas, a transição de uma noção de soberania baseada no direito divino para a lógica da soberania popular implicou uma série de problemas institucionais sobre como definir os limites entre o poder temporal e religioso nas comunidades políticas emergidas da crise dos impérios coloniais. O que, em países profundamente católicos, reverberou nas relações diplomáticas entre os novos Estados e a Santa Sé. Focando o caso do Brasil, o presente artigo analisa as reconfigurações que a Carta Constitucional outorgada em 1824 impôs à longeva herança do regime do padroado, que modelou historicamente o vínculo institucional entre poder político e religioso no âmbito das monarquias ibéricas e em seus respectivos domínios. Especificamente, procura entender como a mudança do padroado régio para o padroado constitucional implicou tensões entre o Estado brasileiro e a Santa Sé, as quais se estenderam por todo o século XIX, inviabilizando que entre ambas as instituições fosse firmada uma Concordata, nos termos de outras assinadas pelos governos hispano-americanos.
Fecha de envío / Submission date: 8/04/2024
Fecha de aceptación / Acceptance date: 3/05/2024
Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Ana Rosa Cloclet da Silva, ítalo Domingos Santirocchi, ítalo Domingos Santirocchi 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.
Los autores que publican en "Historia Constitucional" ceden a la revista el derecho de primera publicación, así como la facultad de explotar y usar el texto para ulteriores publicaciones.
Los autores deberán comunicar a la revista ulteriores publicaciones de su texto.